Uma reflexão no âmbito da formação de adultos
A Iniciativa Novas Oportunidades combina os esforços de dois Ministérios - do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação - e protagoniza a actual política do Governo no âmbito da educação, formação profissional e do emprego, destinando-se a adultos sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho e, prioritariamente, sem a conclusão do ensino básico ou secundário; tendo como pilares do processo a formação profissionalizante e o reconhecimento, validação e certificação das competências adquiridas ao longo da vida.
Não pensando nos próximos Censos e esquecendo alguma polémica gerada em torno do “boato” de que esta iniciativa se reveste de algum facilitismo na obtenção da pretendida certificação escolar, tenho a dizer que toda e qualquer iniciativa que resgate os indivíduos para experiências de aperfeiçoamento pessoal e profissional são por si só muito válidas. Por outro lado, e não equiparando a entrega de equipamento informático e de internet a baixo custo à distribuição de frigoríficos e micro-ondas em Gondomar, é necessário lembrar que o cidadão comum, carenciado, deve ser apoiado no acesso às novas tecnologias e à internet. Ainda no âmbito desta iniciativa, é de salientar que para receber o equipamento, o formando teve de realizar um percurso formativo em TIC, dotando-o de competências que no contexto pessoal ou profissional serão igualmente úteis.
Problema está no entusiasmo de alguns responsáveis pelo processo formativo, a nível local e particular, que, por vezes, confundem as estratégias de motivação fomentadas pelo Governo, como um incentivo para que, no terreno, sejam igualmente benevolentes na hora de emissão de certificados.
Uma via profissionalizante ou um exercício de reflexão sobre o percurso pessoal são caminhos válidos e alternativos, contudo para que se evite «a perda do valor social dos certificados» ou a mera «melhoria nas estatísticas das qualificações da população adulta portuguesa» é importante que esta iniciativa se revista de qualidade, rigor e transparência, tanto mais quando existe a suspeita de uma instrumentalização eleitoralista.
Não pensando nos próximos Censos e esquecendo alguma polémica gerada em torno do “boato” de que esta iniciativa se reveste de algum facilitismo na obtenção da pretendida certificação escolar, tenho a dizer que toda e qualquer iniciativa que resgate os indivíduos para experiências de aperfeiçoamento pessoal e profissional são por si só muito válidas. Por outro lado, e não equiparando a entrega de equipamento informático e de internet a baixo custo à distribuição de frigoríficos e micro-ondas em Gondomar, é necessário lembrar que o cidadão comum, carenciado, deve ser apoiado no acesso às novas tecnologias e à internet. Ainda no âmbito desta iniciativa, é de salientar que para receber o equipamento, o formando teve de realizar um percurso formativo em TIC, dotando-o de competências que no contexto pessoal ou profissional serão igualmente úteis.
Problema está no entusiasmo de alguns responsáveis pelo processo formativo, a nível local e particular, que, por vezes, confundem as estratégias de motivação fomentadas pelo Governo, como um incentivo para que, no terreno, sejam igualmente benevolentes na hora de emissão de certificados.
Uma via profissionalizante ou um exercício de reflexão sobre o percurso pessoal são caminhos válidos e alternativos, contudo para que se evite «a perda do valor social dos certificados» ou a mera «melhoria nas estatísticas das qualificações da população adulta portuguesa» é importante que esta iniciativa se revista de qualidade, rigor e transparência, tanto mais quando existe a suspeita de uma instrumentalização eleitoralista.
Sempre atenta. Perspicaz e pertinente tudo o que escreve. Bonito de se ler.
ResponderEliminarMil beijinhos.