A sala de aula é, por excelência, um local privilegiado de interacção entre os indivíduos, de estímulo intelectual, afectivo e social, rico e diverso em experiências vivenciadas pelos diferentes elementos que constituem a turma. Desta forma, torna-se imperativo que o professor tenha em consideração tanto as experiências socioculturais como as especificidades cognitivas, as motivações e aspirações de cada um dos seus alunos, para a correcta interpretação das suas capacidades, das suas dificuldades e da relação destas com a dinâmica de turma.
As políticas educativas e as estratégias pedagógicas não conseguem percepcionar a vida quotidiana da turma, nem o ponto de partida de cada um dos seus constituintes, pelo que, através da reflexão e o ajuste contínuo, cabe ao professor adequar a teoria dos métodos à prática profissional, visando o desenvolvimento individual e colectivo.
Diferenciar pedagogicamente, não é evidenciar as diferenças e individualizar o ensino, é antes de tudo um respeitar e compreender a multifacetada realidade do grupo e interagir visando igualar as oportunidades de acesso ao conhecimento e à inclusão na escola e na vida.
As políticas educativas e as estratégias pedagógicas não conseguem percepcionar a vida quotidiana da turma, nem o ponto de partida de cada um dos seus constituintes, pelo que, através da reflexão e o ajuste contínuo, cabe ao professor adequar a teoria dos métodos à prática profissional, visando o desenvolvimento individual e colectivo.
Diferenciar pedagogicamente, não é evidenciar as diferenças e individualizar o ensino, é antes de tudo um respeitar e compreender a multifacetada realidade do grupo e interagir visando igualar as oportunidades de acesso ao conhecimento e à inclusão na escola e na vida.
Texto em estudo: Grave-Resendes, Lídia e Soares, Júlia, Diferenciação Pedagógica, Universidade Aberta, 2002
Concordo perfeitamente com esta visão - um pouco utópica, é certo - do que é a dinâmica em sala de aula; o tirar do papel, da planificação - esse inferno estático - e "colar" aos alunos não é tarefa fácil, antes um trabalho de profundo conhecimento de cada aluno, aquele ser frágil, ali à nossa frente, com poucas defesas ainda...
ResponderEliminarMas como diferenciar cada indivíduo dentro dum conjunto de alunos com vivências educacionais tão diferentes? Um trabalho de aperfeiçoamento diário, que requer muitos anos de empenho.
Essa diferenciação pedagógica faço-a diariamente, sabe Deus à custa dos outros que tanto se empenham, tanto querem dar e mostrar aos professores o seu trabalho diário, e para ali ficam de dedo no ar... " Desculpa, preciso de dar mais apoio aos colegas com dificuldades...".
Esta diferenciação pedagógica anula muitos alunos, aqueles que a nossa política educativa não deixa brilhar, pois à custa deste ensino o mais possível individualizado, marginaliza os que um dia muito farão pelo nosso país, por nós, quando nos substituírem. Que recordação lhes ficará destas práticas pedagógicas de anulação dos melhores em prol dos que necessitam de maior interacção oral com o professor? Isto é uma pergunta retórica, bem entendido.
As nossas políticas educativas ainda não servem os que precisam de maior diferenciação pedagógica e outra dinâmica em contexto de sala de aula. Também não servem os que trabalham afincadamente para o sucesso, sempre preteridos em função dos anteriores.
Muito trabalho há ainda a fazer, mas compete a cada professor promover a auto-estima de todos, levando os alunos a um comprometimento social e de cidadania.
Ana Pereira